rainbow way

She walked through the orange way, one jump two steps, gravity being at her mercy. No laws of physics she needed to be aware of, they just seemed to bend at her will. Karin changed to the purple way at one single stroll and started running.
Each way had it’s own transit laws, the only laws she obbeyed.

She could almost touch the stars, each time choser to them, untill a blue planet called for her on the horizon. It was so small. So blue. She went the blue way, and started swimming in the air like a Olympics gold medalist. There was nothing that she couldn’t do if she wanted to.

A well known song started playing, she jumped to the red way, simply walking, slower and slower, closing her eyes… The clock pointed 6 o’clock when she opened her eyes again.

Caring for patterns and laws made by men was a waste of life.

She can do whatever she wants.
And she can be whoever she is.

am melancholischer Mittwoch

me•lan•cho•lie
[1] Zustand der Schwermut oder Depression, psychische Niedergeschlagenheit, große Traurigkeit; Begriff aus die Viersäftelehre (Humoralpathologie).

*

Eu acordo, depois de travar uma batalha épica com o cansaço. Normalmente levanto confirmando que o planeta tem uma foça gravitacional realmente incrível.

Digo, quase sem voz, os fonemas arranhando minha garganta: Parabéns.

Tem algo extra, no meio da semana, que sempre me acomete; abate. Violentamente, drena minhas forças. Tenta apagar a minha chama.

Depois de horas de afazeres, o olhar se perde em algum ponto. Parede, talvez – com sorte – janela; ao menos, nunca o chão. A cabeça em 30º para a direita ou para a esquerda, firme. Firme, de certa forma, como uma afronta. Mesmo abatida, ainda orgulhosa.

Faculdade e estágio, academia e estudos; uma rotina em busca da sanidade. A mente vagueia e só encontra ausência.

Num dia tão cheio, apenas o vazio. É que não teve lá muito de você.

Nós damos um jeito. Ligações em meio a correria, trocas de mensagens curtas.

Vazio.

Eu sei que você também sente. Parece que ninguém mais sabe.

No fim, o que realmente importa eu quase não tenho.

Levar os dias na esperança de viver um pouco, eventualmente…

É quarta-feira, pra variar.

… eine weitere.

empoderamento do “eu”

Ser feliz é uma decisão.

É não viver a vida perfeita, mas nem por isso deixar de viver. É acordar todo dia e viver. Viver de verdade! Mesmo que no contexto limitado da realidade. Isso trás felicidade. Não importa o quão fora, o quão foda. É respirar fundo e fechar os olhos, e ser feliz consigo. Por dentro.

Eu não posso reclamar; é claro que, ainda assim, vou. Um pouco aqui, ali, com coisas bestas, com coisas sérias. O fato de que existem dores maiores não diminuem a veracidade das minhas dores; e eu enxergo. Todas elas. Não posso resolvê-las, por mais que isso me cause outra dor. Fecho os olhos. Nesse quesito, eu tenho que me empoderar para poder ajudar aos outros.

Posso levar um soco na cara, da dita “realidade”, mas eu só vou colocar uns gelos e sorrir. Isso não vai me parar.

Até porque eu tenho sorte. Eu me ferro, sim, mas eu tenho muita sorte. E às vezes o universo quer que eu esqueça isso. Não vou. Eu me recuso a ser infeliz, em nome de todas as dores que não posso resolver.

Ser feliz é uma escolha, e eu a faço com muita gratidão.

the martian – andy weir (ou: Perdido em Marte, uma resenha estranha)

Então eu estou lendo esse livro, que é uma Ficção Científica, gênero que eu não lia algo novo (no sentido de atualidades, mesmo) há algum tempo (apesar de ser um dos meus favoritos), e estou gostando tanto que fiz algumas constatações, e não queria perdê-las pelos cantos obscuros da memória e só lembrar que elas existem no próximo livro de ficção científica que eu ler.

Aí acabou que fiz uma quase-resenha. Espero que motive alguém mais a ler também (Btw, um obrigada especial pela dica de leitura para a miga Isabela! Êeeeee!)

Traduzido para o português como Perdido em Marte, e em breve com uma versão cinematográfica em 3D (eu choro só de imaginar) (o Espaço em 3D sempre promete), apresento à vocês:

the-martian

Breves constatações, aplicadas ao livro em questão mas que servem para todas muitas ficções científicas por aí:

  • É incrível como livros de ficção científica te fazem pensar “Wow, que informação útil” nas coisas mais absurdas, e você se pega pensando “Já posso ir pra Marte pois saberei plantar batatas” e nem pisca. Nem ao menos uma reação muscular involuntária ocorre.
  • Depois de um tempo que você largou o livro o mundo real já vai ter voltado a existir e seu único pensamento vai ser “Duuuuuude…” (se estiver lendo em inglês, ou “Caaaaara…” se for em português), por quê eu pensei isso? Como raios eu ia parar em Marte? Pra plantar batata, ainda? Nem que eu faça a minha própria espaçonave.
  • Aí você pensa nas aplicações diárias das informações, pra se sentir menos mal. Pode ser que você precise plantar batatas do deserto um dia, sei lá.
  • E acaba pegando o livro de novo pra ler, porque é muito mais legal se imaginar fazendo essas coisas EM MARTE mesmo.
  • E você quer saber se a plantação de batatas vai bem.

É um fenômeno deste livro, em especial, mas você realmente se preocupa com a plantação de batatas. Muito.

Eu falo sério.

The Martian tem um tom de comédia maravilhoso pra um personagem que tem os dias de vida contados, num planeta hostil, sozinho, porque a tripulação e o resto da Terra acham que ele moh-rreu.

É, eu sei. Meu tipo de comédia.

É fascinante quando deixamos de ter somente os relatos de Mark (através de um diário digital) e passamos a ver o que acontece na Terra (na NASA mais especificamente).

Resumindo, Mark foi abandonado em Marte porque a equipe que o acompanhou tinha certeza de que ele estava morto. Apesar de procurarem seu corpo, a busca foi inútil e o tempo, curto. Ou eles iam embora, ou todos morreriam ali. Uma decisão difícil, mas sem muitas opções. A única opção e salvar o resto da equipe.

Só que, por ser extremamente sortudo (e inteligente), ele sobrevive ao acidente e consegue se virar com o equipamento da NASA que estava no planeta. Ele só precisa sobreviver assim (muita sorte + muita inteligência) mais uns QUATRO anos. Suave.

Dá pra entender que intensidade é o que não falta? MAS, AINDA ASSIM, a história consegue ser super leve. Mark Watney é uma peça rara, e não há como não amá-lo. (Sério. Isso? Isso é amor. JSHFGDSHKJHFGKS)

Eu tenho tantas citações favoritas marcadas (99% piadas, provavelmente, uma ou duas constatações profundas), e não quero publicar nenhuma aqui porque é como se fosse um spoiler absurdo (e não é) (são piadas, eu disse). Fiz um esforço para colocar algumas com zero spoiler, apreciem:

Maybe I’ll post a consumer review. “Brought product to surface of Mars. It stopped working. 0/10.”

(Tradução livre: Talvez eu poste uma avaliação de consumidor. “Levei o produto para a superfície de Marte. Ele parou de funcionar. 0/10.”)

So, technically, I colonized Mars. In your face, Neil Armstrong!

(Tradução livre: Então, tecnicamente, eu colonizei Marte. Na sua cara, Neil Armstrong!)

(Obs: essa tem haver com as batatas. Eu disse, elas são muito importantes nesse livro. Talvez esse seja o meu ponto fraco; amo batatas.)

Tem realmente muitos que eu queria colocar, mas eles são spoilers mais pesados. Então LEIAM, pra gente poder conversar sobre e rir muito juntos ❤ Mandem as citações que gostarem mais pra mim!

Ao contrário da review de Mark sobre o produto, dou 10/10 pra The Martian, principalmente por ser uma narrativa muito mais difícil de prender a sua atenção. Por causa de ser através de logs mais do que narrações, é mais fácil o autor perder a mão (ao menos, eu acho). Não achei que fosse me prender tanto, MAS OLHA SÓ, NÉ. HAHA. Dei a chance porque tinha NASA e Espaço no meio (pra quem não sabe, a moçoila aqui assina o feed da NASA e tudo, sabe, adora e tal). Deem uma chance também (porque eu tô pedindo, com carinho!) e enlouqueçam como eu. 😉

Boa leitura!

(Ou: ASSISTAM O FILME QUANDO SAIR. MAS TENTEM LER ANTES, GENTE, LER É TÃO MAGNÍFICO!)

national writers day in brazil

I had this written a long time ago. It’s more of a mantra than anything, which is why it wasn’t published before. I am publishing now, though, because it’s a good day for it, as I was told by an amazing person who congratulated me today for it being my day, the writers day. So here it goes:


“Writing for me is a kind of compulsion, so I don’t think anyone could have made me do it, or prevented me from doing it.”


I am a writer. I don’t want to be one. I already am. I’ve always been. From the moment I was born, through the first story I wrote, to publishing tales online and gaining a few beautiful readers. Every waking moment of my life, I just am.
The things I want to be have another name. I want to be a paper published writer. I want to be a known writer. I want to be an international writer. A writer I am already, alright?

I look myself in the mirror and I see a writer. And I tell my reflection: “Go write!”

Don’t be lazy. Don’t fake excuses.

Don’t let ideas pass you by.

Just. Write.


“We are writers, and we never ask one another where we get our ideas; we know we don’t know.”


Sobre esgotamento.

Eu preciso, urgentemente, de uma dose de: férias. Tudo bem o trabalho, dessa pode ficar pra próxima. Da faculdade, no entanto, já deu. Eu só quero olhar no calendário e ser sexta, mesma hora. Sem provas marcadas num futuro próximo. Como sempre.

Essa rotina…

Beletrista, sim; beletrismo exagerado, não.

Você entra numa faculdade por ter amor de sobra para a escrita, e para a leitura.

Daí, no entanto, tem que tomar cuidado pra não desaprender a fazer os dois.

É um mal conhecido, na Letras, nada novo. Dizem (muitos) que crítico literário não gosta de ler. Ou não aprecia a leitura devidamente, mais ocupado em analisar tudo ao invés de aproveitar os efeitos. Acho exagero, tenho professores apaixonadíssimos; mas concordo que algo muda, e não queria que esse “algo” fosse a minha essência de leitora. Por isso, mantive o foco desde o início. Encaixo meus queridos no meio de tanta teoria, como uma forma de manter os pés no chão. Ainda os prefiro à muitos clássicos, e isso é um alívio.

Quanto à escrita, pensei que estava bem. Se não sabem, escrevo pra algumas garotas lindas uma história louca e divertida. Achei que seria o suficiente para manter-me sã neste quesito.

2 anos e 5 meses depois, digo: Não. Quantas vezes deixei de escrever por estar tão longe da realidade do que eu estudava? Por achar minha escrita ruim, enferrujada, sem brilho? Por deixar de ver propósito quando EU SEI MUITO BEM que essa história tem propósitos ótimos? Por ser autocrítica demais quando o trabalho do escritor é só escrever?

Eu sei que todo escritor passa por isso – ou, pelo menos, a maioria deles. A maioria que quer o melhor que o seu trabalho pode ser. Mas isso pode sufocar, e até apagar a chama que existe dentro da gente, aquela chama também conhecida como vida.

Não consigo viver sem escrever, tudo vira rotina, pior; automático. Esse wp tem sido como um salva-vidas, a boia que me mantém na superfície enquanto a tempestade só piora. É como se eu tivesse toda a criatividade do mundo para escrever, mas tempo nenhum. E esse tempo vai consumindo as minhas ideias uma a uma, e a inspiração se esconde, com medo.

Chega. Chega de exigir tanto, e de se esconder com medo. Uma frase de cada vez, que seja, mas não mais encarar a tela e sentir medo. Pelo motivo que for. Já passamos por isso e resolvemos escrevendo a mão, nos cantos dos cadernos, que seja. Vamos vencer de novo, e cada um que tá aqui pra mim tem um pouco de mérito nisso; então, fica aqui meu super agradecimento, master sincero.

xoxo

Sobre felicidade; um brinde a todos.

Às vezes, eu queria ser uma pessoa melhor; não sou. Às vezes, eu queria ser uma pessoa pior!; também não sou. Sou este exato tanto, esta quantia que me preenche — por completo. Nem mais, nem menos.

Existe sim ódio no meu coração, verdade, nunca fui nem pretendi ser perfeita, e tenho dificuldade em negar emoções que são intensas, mas esse ódio encontra dificuldade em se fixar em pessoas físicas. Reais. Não se enganem. Pessoas como eu, que não sei nem de um décimo da bagagem que carregam. E, mesmo quando sei, talvez, uns 50%, o amor é maior, e o ódio esvai pra qualquer coisa fictícia. Nunca entendi a frase “Você deve me odiar!”; não devo, se devesse não negaria, mas por quê eu o faria?

Não gosto de injustiças, pro lado que for. Às vezes duvido, mas espero que a balança esteja parada — no meio. Sem pender um único milímetro, prum lado ou pro outro. Porém isto depende de cada um de nós, e de tantas outras coisas. Decidi não me desdobrar mais, oras, cada um por si. Pensei: “Será que é o mundo, com todas as suas injustiças, me vencendo?”, entendi que não, aceitei que não podia fazer tudo por todo mundo. Ainda tenho problemas com essa parte, mas me libertei da obrigação que sentia.

Então, todo dia de manhã, eu desejo o melhor para todos que conheço, e espero que isto compense as minhas falhas. Por não manter contato, por ter deixado de lado, por não ajudar para que esse melhor aconteça. Não para me redimir, eu não preciso me explicar, já se foi essa época — muito tempo atrás. Aprendi a perdoar as falhas, fico um pouco chateada; mas logo passa. E não é assim, com todo mundo? Pois, de coração aberto, eu também deixo ir.

E raramente desejo ser diferente. Acostumei-me a ser mal-interpretada. É uma dificuldade inata, eu também tenho. Então não há motivos para crucificações; vamos ser felizes! Vem dado certo.

Eu sou quem sou, não tenho que me explicar, e ninguém precisa entender. Mas olha!, aqui estou, abrindo esse pequeno espaço, revelando, jogando para ser julgado, porque não sou assim tão frígida. Muito pelo contrário.

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parte iv

Ele finalmente mostrou o seu canto. Já estava na hora, a moça começara a suspeitar de que ele não gostava dela. Ela estava tão feliz de estar ali que não reclamou de um único defeito.

E a casa tinha vários, assim como ele próprio. Porém, ela não parecia sequer notar; ou se importar.

Dessa vez, a consciência falou primeiro.

“Então você tem uma namorada.”

“Eu tenho.”

“Pergunto-me como foi que isto aconteceu.”

“Eu também. De repente ela estava ali, perguntando coisas sobre mim. Se importando. Contando coisas e me fazendo rir.”

“Certamente é louca.”

“Você é muito mal-educado.”

“Ah, pois isso é algo, vindo de quem manda em mim.”

“Que ilusão, mandar em algo.”

Ela continuou não reclamando dos seus defeitos.

– Sabe, – ela suspirou, a cabeça deitada em seu peito, os dedos brincando com a bainha da sua camiseta. – eu não entendo a necessidade de se definir uma coisa ou outra. Gato. Cachorro. Por que um ou outro? Eu gosto de ambos. E de papagaios, hamsters, iguanas…

Ele riu baixo, apertando o abraço, enquanto ela ia citando todas as espécias de animais existentes.

“Taí, entendi.”

“Shhh.”

“Afinal, há quanto tempo vocês estão juntos?”

“Não te interessa.”

“É claro que interessa, cara, eu sou a sua consciência!”

“Ha! Por isso mesmo, se interessasse você já saberia; eu não precisaria dizer.”

“Mas eu não sei.”

“Porque isso não tem nada haver com você, e vai continuar assim.”